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A GOIABA DO VIZINHO SEMPRE É A MELHOR?

A goiaba do vizinho sempre é a melhor?

Corri o risco de trair meu marido e percebi o quanto que foi melhor. Estou morrendo de medo de acabar meu casamento por isso? Meu esposo tem tantas qualidades e acho que eu ainda o amo. 

Um amigo ofereceu-me uma taça de um vinho que custa R$1.200,00 a garrafa. Assustei-me, meus olhos brilharam, minha boca encheu de água, minha mente de desejos. Estava inteira para aquele momento. Mas, a sabedoria que às vezes me acompanha, cochichou em meu ouvido: "e depois, como conseguirá beber o vinho que você pode pagar". A frustração abateu-me, a realidade secou minha boca, meus olhos viram só o que era possível e, elegantemente, disse ao amigo que estava tomando antibióticos e que ficaria para outra oportunidade. Pedi um suco de fruta.

Quando entramos em uma aventura sexual temos que ter a noção dos riscos que tudo isso envolve: doenças, gravidez, agressão, orgasmo, alegria e a comparação.

Quando comparamos algo novo com o cotidiano este tende a perder. A pessoa, o corpo, o cheiro, o sexo novo traz uma experiência intensa e diferente. Precisamos aproveitar o momento, o segredo, as possibilidades que surgem e que podem não aparecer novamente. Enfim tudo nos excita.

O sexo do cotidiano faz-nos sentir mais calmo, menos intenso uma vez que se não der para ser hoje faremos em outro dia. O corpo já é nosso conhecido, as posições sexuais tendem a serem as mesmas, enfim, a rotina tem outro sabor. Mas é a possível!

O sexo com o parceiro novo é bom enquanto for novo. Breve o novo vira rotina como qualquer outro. Precisamos nos perguntar se queremos uma pessoa bacana conosco ou estamos em busca de fortes emoções? As duas, muitos dizem. Acredito que há pessoas que consigam essa façanha de unir fortes emoções com a rotina. Para isso ambos têm que estarem muito determinados, envolvidos na contínua tarefa de buscar e produzir essa novidade.

Mas os leitores comuns, que têm filhos para criar. Contas a pagar. "Leões a matar" todos os dias acabam deixando essa energia criativa do sexo para a sobrevivência pessoal e da família. Outros valores vão sendo editados, outras metas a serem atingidas contentando-se com uma relação sexual mais comum, menos intensa e freqüente.

Comparação leva ao prejuízo. Experimentar uma relação extraconjugal com todos os riscos e culpas precisa ser encarada como uma aventura, um extra de seu cotidiano e não uma possibilidade de novo encontro.  Percebo que muitas mulheres tendem a associar o sexo ao amor e ao romantismo e assim fazendo correm riscos ainda maiores de perderem as boas relações já construídas. Escuto elas dizerem que se "buscou fora de casa era porque em casa estava ruim". Penso que isso é mais um discurso que justifica do que a verdade. Por outro lado, escuto de tantas outras que conseguem separar sexo e afetividade e tem a prática extraconjugal como uma diversão corporal, uma experiência aventureira e excitatória. Essas mulheres não pensam no momento em separarem de seus maridos. Sexo como diversão somente isso!. Esse grupo não são tão frequentes como o anterior, mas existem e crescem a cada dia.

O mais comum são mulheres que traem culpabilizam-se moral ou religiosamente e comparam, achando que o novo príncipe é melhor do que aquele que mora em seu castelo. Seu mundo desaba, surgem as fantasias de uma nova vida, novas emoções e novos castelos. São fantasias longe de uma realidade que traz as variáveis constantes e intrínsecas da vida a dois. Podemos variar, somos livres para fazer o que queremos, mas tudo tem um preço e tudo tem uma forma de ser e... "Nem tudo que nos é lícito nos convêm".


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