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PERDA ERETIVA

 “Tenho 22 anos e desde o s 17 tenho perdas eretivas eventuais. Quando consigo ter ereção continuada não consigo ejacular. Só o faço com masturbação.”

 

Nosso leitor fala sobre ansiedade de desempenho e como sintomas temos a perda eretiva e a falta de orgasmo ou ejaculação como ele mesmo diz.

Quando falamos tecnicamente assim, não imaginamos a dor e o sofrimento que esse jovem está passando. Pelo e-mail que não reproduzi totalmente, o sofrimento dele perpassa a duvida em sua masculinidade quando pensa que pode ser um homossexual sem perceber até mesmo um inicio de depressão com possível supressão da vida. Perder a ereção ou não ser homem ,como ele pensa, é a completa nulidade do ser masculino. Sente-se, menos homem sem vontade de namorar de ficar com garotas por medo de falhar e ser ferido no que mais tem de sagrado – “O ser homem”.  Pelo que percebi , e posso estar enganado, e por isso sugiro uma psicoterapia o mais rápido possível,  nosso jovem desenvolveu sua perda eretiva na relação emocional com sua mãe. Relata que ela dizia sempre que ele não servia para nada, que fazia tudo errado, que ia ser um fracasso na vida. Essa “maldição” materna ecoa no seu interior de forma avassaladora. Penso que ele fica o tempo todo tentando mostrar para ele e para a sua mãe interna que ele serve para alguma coisa; que é o bom. Estuda muito, tira notas altas apesar do seu déficit de atenção e na universidade tenta ocupar todos os cargos estudantis. Se tornando muito visibilizado e desejado pelas colegas universitárias. Ele seria o tipo do rapaz “popular”, atraente, comunicativo, ou seja, o protótipo do homem desejado, e ele, por saber disso, acredita que tem que ser o melhor homem na cama, afinal, elas esperam isso dele.

Para ser sinceros leitores, tenho receio da integridade física desse que nos escreve, a possibilidade de uma depressão e possível suicido me aterroriza, afinal ele não está submetendo-se a cuidados psicológicos e psiquiátricos. Não se sentir homem, não se sentir potente faz com que muitos se sintam nada e o nada leva a anulação da vida.

A historia de vida de castração de sua potencia emocional pela figura materna, parece estar levando-o  a desenvolver uma ansiedade tão intensa frente a figura de outra mulher, a necessidade de agradá-la como não conseguia agradar a sua mãe, que desenvolve ansiedade intensa  e como consequência a perda eretiva. Sua dificuldade de gozar ou de ejacular demonstra sua intensa ansiedade mesmo quando consegue diminui-la a ponto de obter uma ereção. A ejaculação retardada é uma consequência de ansiedade assim como a ejaculação precoce.

Nosso leitor precisa urgentemente buscar ajuda terapêutica, e se estiver lendo esse texto, evitar a todo custo relações sexuais. Digo isso, pois a cada perda eretiva que tiver maior será sua angustia e ansiedade. Brincar, fazer sexo não genital, ser gostoso na cama para as moças que o querem pode passar por intensas carícias, sexo oral, digital e principalmente pedir que o acariciem por muito mais tempo, como se fosse fantasias sexuais.  Prestar atenção no prazer que parte do corpo recebe pode ajudar muito nessa fase.  E, se conseguir, tentar não pensar na ereção, não desejar ser o bom de cama, mas sim o cara legal, amigo, bonito e simpático que construiu em suas relações sociais.

 

 

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