Carlos Boechat
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SEXUALIDADE DO JOVEM

Todos os anos venho trabalhando com jovens em Instituição de Ensino particular desenvolvendo trabalho de orientação a sexualidade humana em um projeto intitulado “Sexualidade com Responsabilidade”. Com jovens do 6º ano do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio. Cada série com linguagem específica para a idade e com temas também adequados aos interesses dos alunos.  Percebo o quanto tem sido gratificante ver as mudanças de consciência corporal, respeito ao outro no decorrer dos anos e das turmas trabalhadas. Mas...

No 9º do Ensino Fundamental (13/14 anos), já se percebe o interesse por atividades como o primeiro beijo que eles chamam de tirar o BV(boca virgem), percebemos o inicio dos namoros e de toques mais íntimos inclusive sexo oral. Fica explicito que os rapazes estão assistindo filmes pornográficos e acreditando ser a verdade as cenas sexuais, passiveis de serem reproduzidas.  Perguntas fora de sua realidade e contexto em que vivem demonstram a informação desacompanhada do entendimento das cenas assistidas. As moças, tentando aprender a serem sensuais atrativas e muitas vezes inseguras e com alto estima baixa quando não conseguem nas festas “ficar” com alguém. Uma ditatura de comportamentos que não ajudam só desespera.

No 1º Ano do Ensino Médio a cada ano que trabalho na escola percebo um aumento de intimidade. Encontramos jovens tendo atividade sexual com seus namorados, geralmente escondido de sua família, moças tomando pílulas do dia seguinte como se fossem analgésicos, causando enormes transtornos à sua saúde. Rapazes não utilizando camisinha mesmo sabendo dos riscos e necessidades das mesmas. Por causa disso as estatísticas de contaminação com o vírus HIV crescem nessa faixa etária.

Acredito que os pais precisam se importar um pouco mais com o que seus filhos fazem. Sugiro que saibam realmente onde eles estão que busquem essa certeza ligando para o local aonde o jovem disse estar e lendo um pouco sobre sexualidade e adolescência para poder abrir o diálogo e poderem educar seus filhos baseados em fatos reais agregados aos valores morais e religiosos de cada família. Eles dizem que tudo sabem, adoram mostrar que somos ultrapassados, mas mesmo com o “mestre Google” eles precisam entender a informação e isso o “mestre” não proporciona. Assistir os filmes com os filhos, ir a algumas festas para sentir o ambiente, dar festas em casa para trazer os amigos para perto, ouvir suas músicas, enfim, “entrar na deles”. Pode não parecer, mas eles estão muito sós nessa caminhada afetiva sexual. Os jovens tímidos sofrem muito por não terem condições de competir e expressar como os outros, levando a depressão e suicídio nessa idade tão bela e conturbada. Os mais ousados perdidos com seus excessos, acreditando que tudo podem que valores morais não têm importância e que o corpo pouco significa.

Creio, também, que em épocas anteriores também eram assim, mas outrora não tínhamos tanto acesso a informações e possibilidades de encontro. Precisamos olhar com atenção nossos filhos apesar do nosso cansaço e falta de alguma esperança. 

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