Carlos Boechat
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FALTA DE INTERESSE?

“Sou casada há dois anos, no início do casamento eu e meu marido tínhamos uma vida sexual prazerosa. Engravidei, nossa filha nasceu e desde então ele não tem vontade de ter relações. Já conversamos várias vezes sobre o assunto, mas nada. Fazemos amor somente uma vez no mês e quando ocorre parece que é por obrigação, temos um relacionamento muito amigável, somos realmente amigos, mas na cama nada... me ajuda por favor, o que fazer?”

Infelizmente não tenho uma resposta única para dar a nossa leitora, e tenho recebido muitos e-mails com problemas semelhantes acrescido da internet interferindo na vida amorosa e sexual do casal.

Dois anos de casados ainda é muito cedo para iniciar a rotina ou a perda do desejo sexual, não sei se esse casal já vivia juntos antes do matrimonio ou se é de um namoro e noivado longo tendo atividade sexual por muito tempo. Vamos focar apenas no texto.

Com dois anos de casado, via de regra, o casal está na fase das descobertas, na fase de adaptação para o novo estilo de vida – aprendendo a ceder e a compartilhar espaço. É o momento que o casal constrói novas relações sociais, fortalecem compromissos e começa a planejar e a executar os projetos idealizados. Nesse caso nossa leitora ficou grávida exatamente nesse processo dificultando a concretizações e vivências das etapas necessárias. Pode ser que a gravidez tenha sido desejada fazendo parte desse planejamento, pode ser que não. O sintoma apresentado de falta de interesse sexual do parceiro após a gravidez oferece a possibilidade da ausência desse planejamento atrapalhando os sonhos ou outros interesses do marido.

No consultório encontrei casos de homens que após a gravidez da esposa perderam o interesse sexual por ver a mulher como mãe, por rejeitar o cheiro do leite materno e por não saber dividir atenção da esposa com o filho, sentindo-se rejeitado. Há casos também que a mulher se dedica demais a criança esquecendo que é mulher e fêmea. Esquece-se de arrumar, deixa de ter vaidades, muda a forma do corpo que tanto atraia seu parceiro e dessa forma os estímulos sexuais vão diminuindo até findar. Algumas, inconscientemente, queriam somente ter filho e após atingir o objetivo o sexo-prazer deixa de ser central em sua vida.

O texto nos diz que eles são bem amigos. Pode ser que o casamento tenha virado isso – amizade. Para esses casos a psicoterapia de casal é extremamente importante afinal precisamos ver o que sobrou desse casamento, quais as implicações que a maternidade/paternidade modificaram a relação, e qual o real interesse das unidades conjugais na reconstrução do novo casamento. Sim! Quando se tem o primeiro filho o casamento modifica significativamente e nem sempre o outro dá conta desse processo. 

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