Carlos Boechat
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COMPULSÃO SEXUAL PELA INTERNET
11/03/2013 20:33:35

Compulsão sexual pela internet

"Quando estou no computador fazendo outras coisas, me dá uma vontade imensa de buscar pessoas para relacionamento sexual. Não percebo que o tempo passa. Já cheguei a ficar 6 horas fazendo isso."

A compulsão é um ato repetitivo e de difícil controle, diferente da mania que pode ser um hábito adquirido com uma possibilidade de controle maior, mas mesmo assim ambas de difícil resolução. As compulsões, via de regra, precisam de tratamento psicológico e psiquiátrico quando o comportamento começa a afetar a vida da pessoa.

Prestar atenção no que sente e prestar atenção em como a mania ou compulsão ocorre é um caminho para uma possível resolução e controle. Depois de conhecer como ela funciona o individuo necessita criar estratégias que impeçam, dificultem ou inviabilizem o aparecimento do comportamento inadequado.

Na compulsão sexual pela internet a pessoa fica horas vendo pornografia, masturbando-se ou apenas "caçando" pessoas para um possível encontro sexual ou apenas para seduzir, dizer que conseguiu "fisgar" alguém.

Via de regra, o individuo tem um prazer intenso nesses atos, mas que são efêmeros necessitando de cada vez mais ações para suscitar algum prazer. Semelhante a uma droga qualquer. Quem é compulsivo do álcool, por exemplo, e estiver carente, a possibilidade de beber com mais frequência será alta. Quem é assim, não pode ter bebidas em casa e evitar sair para barzinhos quando se percebe mais carente do que o comum. No sexo o processo é o mesmo.

Na internet, nos chats, bate-papos, etc., a possibilidade de algo novo está presente a todo o momento e isso faz com que o compulsivo fique ligado, plugado perdendo a noção de tempo, sede, fome - está plugado na internet e desligado de si. A ideia latente é que alguém melhor, mais interessante, mais difícil vai aparecer. A fantasia toma conta, o prazer bioquímico aparece e o sexo virtual ou sua possibilidade se faz presente em tempo real mesmo sendo virtual. É como se fosse presencial.

Pessoas assim precisam verificar o que realmente está faltando em sua vida. Como está sua solidão, como estão seus relacionamentos afetivos, como está à qualidade de seus orgasmos. Geralmente o start compulsivo se dá por algum tipo de carência. Lembrando que a doença compulsiva, não tem cura somente controle.

Trabalhar as carências, evitar o computador, colocar prazo de tempo quando estiver usando a internet, pedir ajuda a pessoas próximas para lembrar-se dos compromissos assumidos etc.

Buscar o essencial em vez do superficial – É um bom caminho.

 

O CARNAVAL PASSOU!
11/03/2013 20:20:27

O Carnaval passou!

Piratas e mulçumanos; Odaliscas e índias. Alguns pierrôs que passam e só vejo “a lágrima que escorre por trás de seus olhos” e que o sorriso da festa tenta esconder.

Colombinas como em haréns, buscando suas metades, mas conseguindo mesmo é brincar entre iguais. Mulheres, no auge de sua beleza, dançam imitando umas as outras sem expressar o prazer genuíno dos movimentos, isso sem dizer da competição dos trajes, adereços e corpo.

Olhando um pouco de longe, parece um quadro surrealista ou um set de filmagens que a qualquer momento ouviremos um corta! Mas é realidade, a música continua, as bebidas passam de boca em boca como um cachimbo da paz em tribos selvagens. Todos se tornam amigos, irmãos, amantes parecendo que esta alegria será para sempre. Festeja-se essa união de iguais. Ali, não se tem diferenças sociais, raciais e intelectuais. Estamos juntos no prazer de cantar, sambar, relembrar músicas que marcaram outros carnavais, amores antigos, gozos perdidos. Prontos para uma nova investida, uma nova busca de outros corpos, amores e fantasias: é carnaval!

Nas praias paradisíacas o belo da natureza entrecortado pelos exageros dos sons e a noite o silêncio reconfortante para que os (as) guerreiros (as) resgatem as forças necessárias a batalha do prazer de amanhã.

O sol nasce e em pouco tempo tudo reinicia, deparo com a certeza da existência Divina: o céu azul, a água transparente o equilíbrio da natureza e as pessoas mais lindas, a juventude em seu apogeu. Aproximando de um grande grupo, percebo de perto a diversidade da beleza. Além dos belos corpos torneados, com certeza pela mão divina auxiliado por algum personal trainer, outras que em seus sorrisos, simpatias, gingados e alegria do samba, trazem o prazer estampado nos olhos e em seus corpos, conservando a beleza da alma e da sexualidade vivida nestes dias. Mesmo que não tenham os corpos divinizados, a alegria e despreocupação dão uma beleza exclusiva mostrando que não precisamos ser "igual a todos".

Os belos (socialmente!), preocupados em correr na praia, acertar o cabelo, manter a maquiagem e saber quem ficou com quem, como numa competição sexual. Percebia-se claramente, que o prazer do carnaval estava nesta competição. Nós, “os outros”, estávamos atentos à hora da banda que iria passar o bloco que iríamos formar, enfim, com os preparativos para mais alegria não importando com essa competição, se tivemos bocas para beijar ou se a teremos tudo estava entregue as possibilidades do dia.

Cada um tem o prazer que entende e pode. Com certeza na diversidade todos estavam felizes, experienciando suas potencialidades, claro que tinha os que brigavam por ciúmes, dor de cabeça por excesso de álcool, pés inchados... Coisas irrelevantes no carnaval.

Diante de tanto estímulo erótico, sensualidades e fantasias é realmente compreensível a freqüência sexual, os aumentos das estatísticas de DSTs e gravidezes nos meses que se seguirão. A força é tanta, a magia é tamanha que pensar em conseqüências negativas é quase impossível. Contudo, deu para perceber que nos idos dos anos 80, frente à repressão que ainda imperava, o frenesi sexual parecia um pouco maior. Hoje, embora ainda alto, as pessoas vivem sua sexualidade durante o ano todo, e não necessitam de uma data específica. O brincar torna-se maior e não foi incomum ver nas varandas das casas, jovens jogando baralho durante a noite. O prazer de estar com amigos e amantes continuava mesmo fora da cama.

FANTASIAS DE CARNAVAL
11/03/2013 20:03:33

 Fantasias de Carnaval.

As fantasias de carnaval acredito eu, sem certeza, é uma forma de nos permitirmos ser o que não somos por algumas horas ou dias. Dessa forma, podemos fazer coisas que não fazemos com nossa máscara habitual. Se tivermos ações questionáveis não fomos nós que fizemos e sim o personagem, a nova máscara. Dessa forma tudo fica mais livre, mais solto e mais possível. Lamentável que precisamos, como acessório, o uso de álcool ou outras drogas lícitas ou não para compor esse personagem, afirmo que é possível brincar sem esse uso. A euforia não é tão rápida e tão duradoura, mas existe, é saudável e você brinca em seu tempo e com sua disposição.

O mesmo pode-se dizer para as fantasias sexuais. Elas são uma forma de podermos expressar desejos, sons e ações que não o faríamos no tradicional ato sexual, às vezes monótono e cotidiano como a vida...

A fantasia permite um tempero adicional no prazer já vivido permitindo risos e gozos até então desconhecidos ou pouco acessados. De novo, é lamentável que algumas pessoas precisem ingerir químicas para expressá-lo.

Ser a babá que eu queria ter, ser a colegial para forjar uma pedofilia, amarrar-me na cama para conseguir estar entregue, utilização de produtos como vibradores, geleias que esquentam os genitais, adereços diversos, tudo existe para alegrar o bloco que colocamos na cama (não na rua!) e assim nosso encontro carnal pode ser um carnaval sempre respeitando o outro com o qual compomos nossa brincadeira.

Contudo há pessoas que não curtem fantasias, mas acompanham o bloco. Em seus trajes comuns dão o apoio com águas, cuidados e vigílias a quem está em cena com outras personas, dançam, sorriem estão alegres apenas mantém seu personagem cotidiano e nem por isso são chatos, travadores. Quando seu parceiro(a) não curte fantasia sexual mas permite e colabora com as suas, essa pode ser interessante para quem curte fantasiar na cama desde que não tenha a expectativa excessiva do prazer do outro. O prazer está em ver você em sua fantasia e não em vivê-la. Basta olhar com carinho e amor para ver quão parceiro(a) é por acompanhar seu "bloco" sem ser seu foco de interesse.

No mais é colocar o bloco na rua... Rir, dançar, divertir-se com o que entende de diversão... E lá na cama... Meretriz, religioso, colegial, vibradores ou apenas você mesmo com sua própria máscara cotidiana, faça seu carnaval, coloque seus desejos nos lençóis e com certeza o som do bumbo de seu coração tocará fortemente.

MENOPAUSA
11/03/2013 19:43:03

 "Tenho 50 anos, já entrei na menopausa e nos últimos meses tenho achado o sexo sem graça, nada me excita. Sinto-me fria e meu namorado já percebeu isso. Adoro sexo e estou com medo de perder o parceiro que é até mais importante que a relação sexual."

 

Após a entrada na menopausa as mulheres relatam uma diminuição do desejo e prazer sexual. Isso é devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários. O uso de reposição hormonal tem dado bons resultados principalmente quando é prescrito uma dosagem maior de testosterona (hormônio masculino) na fórmula do remédio.

Por outro lado, tem a questão emocional. Em nossa cultura o desejo sexual está vincula do à reprodução. Embora nas últimas décadas o discurso e o racional das mulheres digam ao contrário, muitas carregam esse "mandato" de forma inconsciente e dessa forma tendem a diminuir o interesse sexual porque "passou da hora", "to ficando velha" . Outra questão é que nessa faixa etária o corpo vai ficando mais flácido, com depósitos de gorduras um pouco mais acentuados e por mais que se faça ginástica nem sempre os resultados são o que elas esperam, assim, ficam inibidas na nudez, trava sua sensualidade,  evitam posições sexuais que realçam o que considera defeito, enfim, deixa de estar a vontade e inteira na hora do sexo. Lembre-se! Seu parceiro escolheu estar com você, com sua idade, já viu seu corpo na praia, sem roupa e continua contigo, logo os medos do envelhecimento é seu e não dele.

O "remédio" para isso é ter alimentação adequada, exercícios físicos frequentes e... insistir em fazer muito sexo. Se a lubrificação está dificultada utilize gel lubrificante para facilitar, se a excitação está lenta, aumente a intensidade das caricias. Utilize vibradores com ou sem seu parceiro, explique a ele que você precisa de mais estimulação, que o problema não está com ele e que você está passando por uma fase e como tal passageira, convide-o a utilizar mais fantasias e jogos sexuais. Façam um passeio a uma loja de Sex Shop e deixem a imaginação pulsar, se algo agradar ótimo, senão valeu o passeio. Não é necessário a utilização de objetos, mas há ocasiões que não fazem mal algum.

Se o seu parceiro tem a mesma faixa etária, ele também passa por diminuições de seu tesão e também precisa de estímulos adicionais. De uma forma mais amena que as mulheres, os homens também tem diminuição na sua taxa de hormônio influenciando sua sexualidade, felizmente temos remédios potencializadores da ereção que nos auxiliam, o que ainda não existe para as mulheres.

Dançar, rir, fazer coisas alegres e estimulantes, lazer com desafios a dois fora do sexo dão um up  interessante além de estimular produções de neurotransmissores e hormônios necessários a um bom desempenho sexual.

Compartilhe com seu parceiro suas inquietações, suas necessidades, mas sinceramente, evite falar de defeitos em seu corpo. Incrível, mas há homens que não percebem esses detalhes e quando a estimulados a ver podem realmente desenvolver alguma reação negativa. Defeitos não precisam ser apontados, metas e desejos sim.

 

SEXUALIDADE DOS SOLITÁRIOS(AS)
21/11/2012 14:35:36

 Sexualidade dos Solitários(as)

 

Com esse tema nossos leitores devem estar pensando que irei falar sobre masturbação. Afinal quando pensamos em sexualidade pensamos em estimulação genital que leva ao orgasmo. Essa é uma possibilidade e uma dimensão em nossa vida sexual! Se pensarmos que a sexualidade é a manifestação do prazer, podemos expandir o conceito para todas as áreas de nossa vida.

A pessoa sozinha, ou seja, sem uma parceria fixa pode não ser solitária e há pessoas que mesmo casadas vivem em uma solidão de dar pena. Solidão é um estado existencial e não ausência de alguém.

Quando estamos sozinhos, sem o compromisso de "ter que fazer alguém feliz" ou de satisfazer os desejos alheios temos a liberdade de fazermos o que quisermos. De buscar outras pessoas para sexo casual, pegar, ficar ou namorar e constituir outras parcerias. Dessa forma a expressão da genitalidade se faz presente, mas não garante a satisfação interna levando-nos a eterna busca sendo ela calma, inteligente ou compulsiva. Assim precisamos ter cuidado para saber o que entra em nossas vidas.

A masturbação claro que é uma forma de satisfação de quem não tem alguém. Diminui a tensão, aumenta o autoconhecimento dos prazeres corporais e arrefece as carências para aprimorar as possibilidades da escolha. Filmes, objetos ou a fantasia são os estimulantes desse amor com a pessoa que mais se deve amar.

Mas o solitário pode sentir-se pleno e satisfeito com a sublimação da energia sexual em atividades que o nutre. Pode dedicar-se as artes em geral, atividades que produzem o bem social e a alegrias compartilhadas. Entregar-se à boa música que enlevado ou em danças frenéticas proporcionam um prazer único dando-lhe o gozo especial longe das contrações e relaxamentos musculares que a fisiologia proporciona.

Tudo isso é possível. Religiosos castos, intelectuais em processo de produção, cientistas em seus laboratórios, militares em situação de conflito, enfim, podemos conduzir nossas energias sexuais para situações que nos preencham com os resultados intencionados.

Contudo, é importante lembrar que essas possibilidades necessitam ser situacionais e que o Encontro entre humanos, o amor, a troca de sentimentos e pensamentos bem como o orgasmo físico são saudáveis e necessários. Saiu recentemente uma pesquisa que homens e mulheres solitárias e/ou sozinhas desenvolvem mais doenças e tendem a morrer mais cedo do que aquelas que interagem, dividem e amam.

Tudo é uma questão de escolha e do que realmente queremos para nossas vidas.

Mas o mais difícil é saber o que queremos!

GAY? É GENÉTICO?
01/11/2012 16:28:29

Por que algumas pessoas são gays e outras não? É algo genético? É por causa da criação, algum trauma? Sempre que chego próximo a alguma conclusão ela é quebrada por tantas exceções... O que acha?

 

O comportamento humano não é hegemônico. Conceitos e classificações são elaborados para questões de estudo e para dar certo norte na maneira como pensamos o que observamos. Com isso, perdemos a possibilidade das diferenças e a capacidade de ver o fenômeno comportamental da forma como ele se apresenta. Quando falamos do feminino e do masculino imaginamos uma coisa única, contudo existe varias formas de expressão de cada gênero. Com a homossexualidade seja ela masculina ou feminina é da mesma forma.

A Psicologia, Medicina e a Sexologia não tem uma fonte única da causa da orientação sexual pelo mesmo sexo. Estas ciências não definiram por vários motivos dentre os quais políticos e científico. Político no sentido de adequar um número cada vez maior de indivíduos à vida social e a pressão que os mesmos fazem nestas sociedades e modelos científicos no sentido de que cada causa encontrada deve ser encontrada em um número significativo de seres humanos e isso não ocorre.

Por exemplo: foi encontrado em alguns homossexuais uma diferença no cromossomo X, contudo existem homossexuais que não tem essa característica genética, caindo por terra à ideia de causa genética. O que sabemos é que não é uma escolha, no sentido que uma pessoa acorda e decide ser homossexual. A Antropologia nos aponta que esse comportamento é comum desde o inicio da vida do homem na terra. A Biologia mostra que a homossexualidade é comum em várias espécies animais inclusive nos Primatas. Frente a isso temos a tendência em dizer que esta orientação pertence ao ser humano, portanto precisa ser aceito como tal. “Se atualmente está aparecendo cada vez mais homossexuais, é porque a sociedade tem permitido sua expressão com uma punição menor, embora ainda presente”.

Dentro da homoafetividade ou homoerotismo, existe varias formas de expressão afetiva, comportamental e sexual. Há aqueles que se vestem como do sexo oposto, há os que são extremamente másculos ou femininos, enfim várias expressões de suas preferências.  Na prática sexual há também diferenças: nem todo(a)s tem necessidade de penetração vaginal ou anal, tem aqueles que só experimentam beijos, caricias e masturbação. Há os que gostam dos papeis sociais definidos, elegendo um para ser mais ativo e comandar a vida do casal e outros que compartilham todos os poderes e comportamentos sexuais sem regras pré-estabelecidas deixando os desejos e sentidos nortearem as ações que levam ao prazer.

Nós humanos somos assim, plurais e em constante processo de mudança. Não somos seres acabados e que o que pensamos e agimos não será assim para sempre.

Como dizia Raul Seixas: “...metaformose ambulante"

 

 

FALTA DE ORGASMO
01/11/2012 16:18:02

 Falta de orgasmo.

"Tenho 19 anos e perdi a virgindade neste ano, pois sempre fui reservada. Agora estou namorando e o meu namorado sempre faz as preliminares, me excita, e eu sinto muito prazer, tenho muita lubrificação mas nunca chego ao orgasmo."

A falta de orgasmo ou anorgasmia acomete muitas mulheres por diversos motivos. Ela pode ser primária, quando nunca teve orgasmo na vida ou secundária quando deixou de ter ou não tem em situações especificas. Vamos listar algumas causas mais comuns:

1- Repressão moral ou religiosa: sentimentos de culpa moral, sensação que está enganando os pais ou pecando perante Deus tende a não deixar a mulher confortável e solta no ato amoroso. Muitas choram, ficam dias arrependendo-se e se sentindo sujas e/ou pecadoras. Necessário repensar o comportamento sexual, conversar com mentores espirituais, às vezes, dependendo do drama ou trauma, psicoterapia se faz necessário.

2 - Anatomia do clitóris - há mulheres que o clitóris não consegue ser estimulado adequadamente pelo pênis na hora da penetração.Nesse caso a estimulação digital simultânea à penetração se faz necessário para a obtenção do orgasmo, ou senti-lo pelo sexo oral antes do ato sexual. Cabe ao casal descobrir o que é melhor.

3 - Hormônios - Problemas hormonais e/ou doenças vaginais podem impedir ou dificultar a percepção orgásmica. Deve-se consultar o ginecologista expondo o problema de forma bem clara.

4 - Falta de estimulação adequada - A mulher precisa conhecer seu corpo, em que lugar é prazeroso de ser tocado para que ensine o parceiro o caminho do prazer. Conversar abertamente com seu parceiro uma vez que há homens que reproduzem suas carícias achando que todas as mulheres são iguais. É comum o homem ficar muito tempo no sexo oral acreditando que a mulher está gostando quando na verdade ela já está em tédio.

5 - Imaturidade emocional - é comum mulheres imaturas que fazem sexo pelo critério idade ou por pressão do parceiro não estarem prontas (soltas, com desejo). Deve-se esperar o seu tempo ou buscar ajuda psicológica.

6 - Inabilidade do parceiro - há homens portadores de ejaculação precoce que dificulta ou impede o orgasmo com penetração. Geralmente são homens ansiosos que não fazem as preliminares de forma adequada, tendo como alvo a penetração e seu orgasmo.

Há homens que não são carinhosos, que não estimulam o corpo todo da mulher, que não as fazem sentirem-se desejadas dificultando a excitação adequada para o orgasmo. Poucas mulheres relatam o tamanho do pênis para mais ou para menos como fator dificultador de seu orgasmo. Caso exista uma incompatibilidade no casal é importante buscar ajuda de um sexólogo ou terapeuta de casal para sanar o mais rápido possível. Uma disfunção sexual pode levar a destruição do casamento.

Em tempo: Importante lembrar que o orgasmo não é um padrão. Cada mulher tem sua forma de expressão. Algumas fazem barulho outras são silenciosas. Não tenhamos as atrizes pornográficas ou as conversas de salão como modelos a serem seguidos.

Há mulheres, pouco comum,  que não tem orgasmo e especialistas da medicina e da sexologia não conseguem entender os motivos e conduzir melhoras. Mas isso não é motivo para o sexo não ser prazeroso, quente e integrador do casal.

A busca pelo orgasmo simultâneo pode atrapalhar o orgasmo individual. A mulher pode ter mais de um, logo não é necessário ficar esperando pelo parceiro e assim atrapalhar seu prazer. "Gozar junto" é acaso ou treino.

Nem sempre o casal tem orgasmo, mas isso não incapacita ao prazer, a intimidade e ao fortalecimento do amor. O orgasmo é um detalhe no delicioso no Encontro a dois.

SEXUALIDADE COMO ALEGRIA
01/11/2012 16:09:23

Sexualidade como Alegria

Quase na totalidade das vezes quando ouvimos ou lemos a palavra sexualidade pensamos na relação sexual genitalizada. Mas a sexualidade é mais do que isso. É um conjunto de experiências que produzem satisfação e prazer de uma forma geral. É uma energia vital também chamada de libido que nos serve para o amor, esporte, pesquisa e todos os comportamentos que nos proporcionam prazer e satisfação.

Sábado passado tive uma dessas experiências prazerosas - a alegria. A partir da iniciativa do amigo Flavio Salles, foi organizado o  primeiro baile dos ex alunos do Colégio Salesiano de Vitória.....40 anos depois...um bando de cinquentões que ao som das músicas de varias épocas explodiram em alegria, abraços, fotos, fofocas antigas e com uma energia de fazer inveja a qualquer jovem de 20 anos. Tudo bem que na tentativa de certos passos de dança a artrose prejudicava, o nervo ciático gritava, mas nada desviava o foco que era o Encontro de amigos e a construção de novos. A sexualidade estava em todos, na transpiração, no cantar, no pular e risos... Muitos risos...

Danças lentas de rostos colados trouxeram beijos esperados e desejados. Casais que na rotina do casamento tiveram a oportunidade de esquentarem seu amor meio morno a ponto dos olhos faiscarem como as luzes da pista de dança.

Casais de namorados envolvidos nessa atmosfera transmitiam a todos que os vissem o amor, o tesão e a simplicidade de amar. Beijos felizes invadiam esses encontros.

Mulheres que gostam de dançar  contrario a seus parceiros, ensaiavam danças com os amigos sob o olhar cúmplice de quem sabe da segurança de seu amor. E tudo isso comunicado com um sorriso, beijos mandados no ar... “Enfim, estou aqui com você!".

Se após esse baile houve encontro sexual genitalizado, parabéns a quem o teve, mesmo após tanto suor e desgaste físico, afinal todos estão na meia idade e a resistência física não é prerrogativa de todos. Cada um ama de sua forma mesmo sem o sexo propriamente dito. Aliás, o sexo sem a alegria do olhar, do riso, da cumplicidade e da confiança nada mais é do que um encontro de carne, uma troca de fluidos. Penso que somos muito mais que isso.

DESEJO DE MULHER
22/10/2012 18:41:57

DESEJO DE MULHER.

Participei de uma festa medieval que reuniu colegas da década de 70 a 80. Verdadeiro túnel do tempo. Contávamos com uma boa quantidade de homens e mulheres o que suscitou debates calorosos sobre as preferências amorosas e sexuais de cada gênero. A maioria das presentes estão na faixa etária de 45 a 55 anos. Mulheres maduras, profissionalmente bem situadas.

Surgiu debates sobre o que as mulheres gostam e tentarei reproduzi-los. Importante lembrar que os temas trazidos não são "verdades" para todas as mulheres, não cabendo generalizações.

1 - Mulher de 45 anos namorando homens de até 10 anos mais novos:

São desinibidos, prontos para o riso, para passeios diferentes, práticas sexuais com mais intensidade, aceitam as mais diversas brincadeiras sexuais e valoriza sua parceira mais velha pela sua inteligência, maturidade afetiva e sexual. Esse relato desagradou a algumas presentes que não se sentem confortáveis com as observações sociais, comentários de que estão pagando o homem mais jovem e outros preconceitos que se cria em cima daquilo que é novo e audacioso.

2 - Homem bonzinho enjoa:

Admitem que reclamam dos homens mas reconhecem que quando eles fazem o que elas querem passam a perder o interesse. Uma vez que desejam o risco, a incerteza e a firmeza do homem em tomar decisão e a conduzi-las nas aventuras que a vida oferece.

Falavam que:

- O homem deve ser carinhoso, mas sua pegada tem que ser forte.

- Saber ouvir, mas conseguir interromper a fala da mulher para que elas não se percam em tantos assuntos simultâneos.

- Ter opinião formada sobre algum tema e saber explorar o corpo da mulher sem pedir muita permissão, intuir o que ela gosta. 

Nesse momento nao me contive e perguntei a elas se esses homens que elas desejam existem em carne e osso ou são quimeras, devaneios de mulher insatisfeita. Imediatamente uma falou" ah! o homem tem que ser perfeito". Pronto, acabou o debate. O riso foi geral, os olhares reprovadores; e eu perguntei: Você está sozinha? ela respondeu afirmativamente. Entendo - interpelei. E fomos conversar sobre outros assuntos.

3 - Mulher madura gosta de sexo mais de uma vez por semana:

Desde que o mesmo seja satisfatório, com fantasias preliminares e romantismo... Outra quimera?

Colocamos tanta complexidade em algo simples como fazer amor. Os encontros e desencontros sexuais femininos tendem a dificultar quando a ilusão ganha espaço da realidade, o possível perde terreno para as fantasias nao concretizáveis.

Fantasia é algo importante não tenho dúvidas, mas elas precisam ser possíveis dentro da realidade do parceiro, das condições ambientais e financeiras do casal. Mas, nada substitui um bom beijo, mordidinhas na nuca e lóbulos de orelha, olhar cúmplice e desejoso. Depois, é pele, muita pele sem medidas e receitas. Ah! Estava esquecendo... coragem. Para amar a mulher condição básica. Soltar-se em seus braços, dar a mão para suas fantasias e mergulhar no desejo de seus olhos... só para os corajosos!.

Feliz Dias dos Pais

DIA DA VITÓRIA E INDEPENDÊNCIA?
22/10/2012 18:32:35

Dia da Vitória e Independência?

Tenho 43 anos, um par de filhos, estou separada há 05 anos e recentemente me descobri amando uma mulher também mãe. Nosso conflito é grande do ponto de vista social e em contar para os filhos. Por que isso acontece e como contar para as crianças?

Ouvi dizer, não sei se é verdade, que o dia 8 de setembro foi à derrota sofrida pelos índios e por isso o nome de Vitória em nossa Capital. Sucesso em cima de tanta dor.

Vinicius dizia:"...são demais os perigos dessa vida para quem tem paixão...". Até aonde sabemos a homossexualidade ou homoerotismo é uma dimensão humana, nascemos assim e de acordo com a família, sistemas repressores e cultura a que estamos imersos pode aparecer desde cedo ou mais tarde no indivíduo. Via de regra a pessoa homossexual tem consciência de seus desejos, de suas diferenças, mas a pressão do meio impede consciente ou inconscientemente a manifestação.

Nossa leitora nos traz condição complexa, ambas viveram com homens, boa parte de suas vidas, tiveram filhos, cumpriram com os ritos sociais tradicionais e em determinado momento, descobrem-se amando o mesmo sexo.

A maturidade permite assumir melhor os desejos, os traumas da vida conjugal, se houveram, quebram algumas regras e repressões e após encontros e desencontros deparam-se com seus reais e profundos sentimentos. Assumir publicamente será um peso social, não tenho dúvidas, mas a plenitude do amor e força da relação irá vencer, não sem dor, mas vence!

Quantos aos filhos, ambas precisam conversar bastante para saber as repercussões familiares e legais que os pais e a família deles poderão impetrar. Dependendo do drama familiar, características da separação e atual relacionamentos inter familiar, pode haver brigas  “para mais de metro” e “na luta do rochedo contra o mar quem sofre é o marisco". Avaliar com clareza e racionalidade, compartilhar com profissional da psicologia, com alguns membros familiares pode ser a melhor conduta.

Se a opção for contar é necessário que o façam antes da adolescência, se ainda for possível, de forma meiga, mostrando exemplos sociais de sucesso e aceitação. As crianças têm mais facilidade em aceitar mudanças. Ensinar como defender de agressões na escola, na família explicando a elas o quanto é difícil conviver com diferenças e o quanto o amor e o respeito valem a pena.

Em minha experiência clínica, os resultados tem sido positivos em relação aos filhos, principalmente se conseguirem apoio das famílias de origem inclusive dos ex-maridos. Quando essa nova construção afetiva é feita de forma amorosa, segura relatos de traumas infantis ou adolescentes não tem sido relatados.

Com ou sem massacres, a Vitória acontece e a Independência floresce em todo o território familiar. 

ABUSO SEXUAL E ORIENTAÇÃO SEXUAL
18/10/2012 15:54:34

17 06 12 - Abuso sexual e orientação sexual.

"Dos 8 aos 10 anos sofri abuso sexual, eu  sofri muito pois nunca tive coragem de falar sobre isso com ninguém, pois minha mãe só notava o que queria, com isso eu me fechei tanto que eu não consigo permitir que os homens se aproximem de mim sem que eu sinta nojo ou raiva. Assim nunca tive um namorado ou fiquei com alguém. Com esta atitude as pessoas pensam que eu sou gay o que me causa muita dor,porém eu sei da verdadeira  razão (triste razão)! O que me aconteceu no passado teria a ver com o que me acontece hoje? Há algum tempo mais recente tenho notado que sinto prazer quando vejo o nu feminino ,não sinto o desejo de ter ou amar essa mulher porém eu sinto  atração que me leva a masturbação. Então, eu sou gay? " (mulher 35 anos)

Existem coisas na vida que realmente não deveria ocorrer, dores que não deveriam ser experimentada. Essa é uma delas! Além do abuso, dor física e estranheza ocorrida, a sensação de solidão de não poder contar com quem deveria proteger traz sérias consequências psicológicas com repercussão no corpo criando as chamadas doenças psicossomáticas.

 Na minha prática clínica percebo sintomas os mais diversos tais como depressão, fibromialgias, disfunções sexuais, inseguranças emocionais e vários outros distúrbios geradores de infelicidades.

Nesse exemplo o trauma ocorreu levando-a a um distanciamento das relações afetivas e sexuais com os homens, para isso é necessário um serio e profundo tratamento psicoterápico utilizando técnicas de dessensibilização imaginária e reprocessar o trauma com estimulação bilateral do cérebro (EMDR), além de muito apoio, trabalhos com raiva e abandono. Assim, quem sabe ela conseguirá reorientar sua vida. Quanto a questão da atração homoerótica que ela nos relata, penso que não significa uma orientação sexual.

Como o estimulo erótico masculino está bloqueado pelo trauma, ela busca, inconscientemente, algum estimulo erótico para poder ter algum prazer sexual é provável que ao encerrar o bloqueio ela nao venha a ter esse desejo, ou ela o manterá, mas terá sua sexualidade voltada para a heterossexualidade. Difícil de predizer! São apenas possibilidades. Não somos máquinas que as dores se passam, a desconfiança desaparece com um click.

 A construção de relações saudáveis leva um tempo e se ela tiver sorte de encontrar nesse processo homens adequados, seguros que não queiram aproveitar de sua inexperiência e aumentar todos os sintomas, ela poderá experimentar outros prazeres e amores.

 Dizem que Deus nos manda anjos para nos ajudar em nossa caminhada por essa Terra, se isso é uma verdade quando ela quiser do fundo do coração resolver essa questão haverá um bom homem para isso. Por outro lado, ela também pode experimentar as relações homoeróticas e verificar se suas fantasias são prazerosas quando concretizadas, sempre há possibilidades, focarmos em solução e não somente nas dores é um bom caminho.

Lembrando que atualmente existe tratamento psicológico em postos de saúde, alguns planos de saúde e nas clínicas das faculdades de psicologia.

Há dores na nossa alma ou na psiquê que não são possíveis de lidarmos sozinhos.

 

 

O AMOR NA TERCEIRA IDADE
18/10/2012 12:50:15

O amor na terceira idade.

Tenho 72 anos viúva e não encontro um homem que queira ser meu companheiro, até na nossa idade os homens só querem encontros fortuitos e sexo. Essa minha queixa é semelhante para varias mulheres nos grupos que participo.

Acredito que seja verdade. Dou palestras em grupos de terceira idade em varias cidades do nosso Estado e percebo uma maioria de mulheres participando e geralmente 2 a 3 homens nesses grupos. Perguntei o porquê desse fenômeno e elas explicaram que eles estão em casa, ou doentes, morreram ou ficam nos jogos de bocha, baralho etc. Achei coerentes essas ponderações. Mas como minha amada mãe sempre diz que sou linguarudo, assim sendo levanto outras considerações. 

É fato que os homens envelhecem e morrem mais cedo que as mulheres. Geralmente de 5 a 8 anos, por falta de cuidado pessoal, médico e por ser afoito a riscos desnecessários.

É fato que temos dificuldades em falar sobre emoções e ficar no meio de 20 ou mais mulheres que falam o tempo todo, que brincam com nossa intimidade de uma maneira tão solta que nos

constrangem profundamente e queremos correr disso tudo.

É fato que somos construídos sócio-historicamente para sermos os donos do mundo, fortes, ativos sexualmente e que as relações entre homem e mulher devem ter o sexo como ponto de união entre as partes e que por estarmos com taxas menores de testosterona, sentimos pouca libido, e o medo de perda eretiva ou ausência da mesma nos coloca em situação de retração e fuga desses grupos.

(Chamá-las para dançar ou conversar... e... Se ela se interessar por algo mais íntimo e eu não conseguir... meu nome estará na boca de todas... Sendo assim prefiro ir jogar bocha com meus amigos e lá poder contar vantagens e ser campeão em alguma coisa!).

É difícil para as mulheres entenderem essa questão. Elas sempre falam que isso não importa e que querem um companheiro e não um penetrador até porque elas também estão com baixos hormônios e sem estimulo à cama. Mas queridas senhoras, os homens não pensam assim. Têm dificuldades em entender como funciona amizade entre sexos diferentes, amedrontam-se na possibilidade de suas masculinidades viris serem questionadas ou postas a prova preferindo a solidão e morte prematura a esses riscos.

Penso que algum trabalho deveria ser feito com os homens da terceira idade para trazê-los as reuniões, bailes, viagens. A troca de experiências, mudanças nas rotinas, risos e afetividades melhoram a imunidade e a saúde em geral. Sugiro aos coordenadores que façam reuniões exclusivas para os homens, peçam ajuda à Maçonaria ou fraternidades masculinas eles têm experiência de séculos em aglutinas homens e aos poucos inserirem as mulheres formando um grande grupo. Com temas atrativos, jogos e palestras de interesses restritos aos homens dessa faixa etária.

Outro aspecto importante para as mulheres saberem é que o homem quando deixa de trabalhar e de sentir-se produtivo perde o gosto pela vida. Passou todo o seu tempo trabalhando e sendo importante por esse trabalho e pelo seu produto. Filhos não precisam mais dele, a esposa está tão adequada e fusionada a ele que parecem um só. Assim, a vida, a rotina vai tomando conta e engolindo esse homem que, via de regra, espera a morte.

Feliz dele se tem amigos para jogar bocha ou outra atividade cultural ou financeira, mas isso é para poucos. Com a aposentadoria que mal dá para os remédios, os sonhos desvaneceram, viagens ou símbolos de status ficaram para trás, não restando mais sonhos a conquistar ele se apaga lentamente.

Contrariamente, vemos mulheres nesses grupos cheias de vida, disposição, trabalhando para a sociedade, contando piadas, fazendo exercícios para a memória, fazendo pequenas viagens, indo a baile enfim transformando a velhice em uma melhor idade. Vivem a despeito das dores, das "ites", e seguem em frente sonhando... sonhando... Em encontrar um novo amor ou um melhor amor antes de morrer. Essa é grande diferença entre os gêneros. O sonho!

Por isso leitora, não desistam de sonhar e de buscar, pois somente vocês serão capazes de fazer a inversão da historia da Bela Adormecida e acordar do sono de morte os homens inseguros da vida.

 

MADUROS E GOSTOSOS
17/10/2012 22:59:41

29 04 12 "Maduros e gostosos"

De bons vinhos e boa conversa saem questões ricas para reflexão. Sexta Feira em casa de uma importante psicanalista capixaba surgiu o tema do homem após 50 anos. Juro que não é autobiografia, afinal estavam presentes vários homens nessa e em outras faixas etárias e principalmente mulheres que desdobraram em falar sobre suas experiências com esses homens. Levantamos as seguintes questões sem uma conclusão definida:

- Quando casados, e provavelmente com mais de 20 anos de casamento, entra em um período de questionamento da própria vida, chamado de idade do lobo. Face aos anos de relacionamento, há uma tendência à monotonia conjugal e sexual necessitando que ele e a parceira redefinam seu casamento para terem novos desafios e fortalecimento dos de desejos. Crises de identidade, depressão e vontade de fazer coisas diferentes são sintomas típicos dessa fase. Importante ter desafios afetivos, sexuais e profissionais.

- Outros sucumbem ao divorcio achando que encontrarão a alegria, intensidade sexual e a última possibilidade de reconstruir sua vida e fazer diferente. Isso é uma possibilidade, mas não uma verdade. Nos primeiros anos da nova vida pode ser que sim, mas em alguns anos tudo tenderá a ser como antes. Mas como disse é uma possibilidade. Nessa fase importante ficar um tempo sozinho para saber o  que quer dessa nova vida uma vez que pode ser sua última chance e precisa apreciar com especial cuidado.

Independente de seu estado civil o que os fazem maduros e gostosos?

A prática sexual faz com que parem de buscar a quantidade (vezes na semana) e se aprimoram na qualidade, nos mimos com o corpo da mulher. Passam a adorar estar com elas como aprenderam a apreciar um bom vinho - olham, sentem o cheiro, provam vagarosamente e fantasiam na classificação. Ficam sem pressa para o orgasmo, mas também sem a paranoia na busca do orgasmo feminino, acreditam que sua parceira é madura suficiente para ser dona de seu orgasmo e que ele está fazendo o que gosta e que seguramente é o seu melhor.

Curte apreciar os assuntos de sua madura mulher até mesmo ir a filmes que não é de seu interesse para ficar adequado às conversas posteriores. É um prazer pensar além de transar.

Aceitam que sua parceira tenha suas atividades, mas exige que tenha uma parceria mais afinada. Não dá mais para cada um "viver na sua".

Quando percebe que sua potencia sexual não está adequada busca ajuda psicológica, toma remédios potencializadores da ereção sem esconder dela, entregando-se ao prazer possível.

Há mas tem os homens maduros que não fazem nada disso, que buscam mulheres jovens, que tomam remédio escondido para serem garotões, que nunca assumem seus desejos. Sim tem!

Tem homens de todos os tipos, não estamos generalizando. Apenas esses homens não se permitem serem maduros. Querer permanecer fixado em uma fase da vida sem aceitar os processos do envelhecer pode até ser mantido por um tempo, mas esse Tempo é inexorável e perceber que envelheceu sem ter ficado maduro tende a ser um castigo muito duro. E assim podem não ser um maduro gostoso.

Minha dica: sentir e entregar ao sentir da pele, das sensações e das percepções. 29 04 12 "Maduros e gostosos"

De bons vinhos e boa conversa saem questões ricas para reflexão. Sexta Feira em casa de uma importante psicanalista capixaba surgiu o tema do homem após 50 anos. Juro que não é autobiografia, afinal estavam presentes vários homens nessa e em outras faixas etárias e principalmente mulheres que desdobraram em falar sobre suas experiências com esses homens. Levantamos as seguintes questões sem uma conclusão definida:

- Quando casados, e provavelmente com mais de 20 anos de casamento, entra em um período de questionamento da própria vida, chamado de idade do lobo. Face aos anos de relacionamento, há uma tendência à monotonia conjugal e sexual necessitando que ele e a parceira redefinam seu casamento para terem novos desafios e fortalecimento dos de desejos. Crises de identidade, depressão e vontade de fazer coisas diferentes são sintomas típicos dessa fase. Importante ter desafios afetivos, sexuais e profissionais.

- Outros sucumbem ao divorcio achando que encontrarão a alegria, intensidade sexual e a última possibilidade de reconstruir sua vida e fazer diferente. Isso é uma possibilidade, mas não uma verdade. Nos primeiros anos da nova vida pode ser que sim, mas em alguns anos tudo tenderá a ser como antes. Mas como disse é uma possibilidade. Nessa fase importante ficar um tempo sozinho para saber o  que quer dessa nova vida uma vez que pode ser sua última chance e precisa apreciar com especial cuidado.

Independente de seu estado civil o que os fazem maduros e gostosos?

A prática sexual faz com que parem de buscar a quantidade (vezes na semana) e se aprimoram na qualidade, nos mimos com o corpo da mulher. Passam a adorar estar com elas como aprenderam a apreciar um bom vinho - olham, sentem o cheiro, provam vagarosamente e fantasiam na classificação. Ficam sem pressa para o orgasmo, mas também sem a paranoia na busca do orgasmo feminino, acreditam que sua parceira é madura suficiente para ser dona de seu orgasmo e que ele está fazendo o que gosta e que seguramente é o seu melhor.

Curte apreciar os assuntos de sua madura mulher até mesmo ir a filmes que não é de seu interesse para ficar adequado às conversas posteriores. É um prazer pensar além de transar.

Aceitam que sua parceira tenha suas atividades, mas exige que tenha uma parceria mais afinada. Não dá mais para cada um "viver na sua".

Quando percebe que sua potencia sexual não está adequada busca ajuda psicológica, toma remédios potencializadores da ereção sem esconder dela, entregando-se ao prazer possível.

Há mas tem os homens maduros que não fazem nada disso, que buscam mulheres jovens, que tomam remédio escondido para serem garotões, que nunca assumem seus desejos. Sim tem!

Tem homens de todos os tipos, não estamos generalizando. Apenas esses homens não se permitem serem maduros. Querer permanecer fixado em uma fase da vida sem aceitar os processos do envelhecer pode até ser mantido por um tempo, mas esse Tempo é inexorável e perceber que envelheceu sem ter ficado maduro tende a ser um castigo muito duro. E assim podem não ser um maduro gostoso.

Minha dica: sentir e entregar ao sentir da pele, das sensações e das percepções. Celulite, estria flacidez? Elas não existem quando o homem se entrega ao prazer. Esses fatos do tempo são importantes para aqueles que não querem ser gostosos, mas sim vaidosos. A mulher madura, com todos os sinais do tempo que o homem maduro também tem está pronta para ser amada e sentida com a segurança e a certeza que só o tempo proporciona.

Celulite, estria flacidez? Elas não existem quando o homem se entrega ao prazer. Esses fatos do tempo são importantes para aqueles que não querem ser gostosos, mas sim vaidosos. A mulher madura, com todos os sinais do tempo que o homem maduro também tem está pronta para ser amada e sentida com a segurança e a certeza que só o tempo proporciona.

TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
17/10/2012 17:51:32
" Tamanho não é Documento"

Tenho 25 anos e acho que meu pênis e pequeno e fino e isso me dá vergonha de sair com as mulheres por medo de ser ridicularizado ou de não dá prazer sexual a elas. Tem alguma coisa para se fazer?

O tamanho do pênis nas culturas eminentemente agrícolas tem mito da importância. Os antigos faziam analogias com os animais domésticos e atribuíam o comprimento peniano como forma de boa capacidade reprodutiva, e naquela época, ser bom reprodutor garantia o sustento e a sobrevivência do grupo.

Essa ideia sobrevive fortemente no Brasil, por termos forte influencia agrária, somos tradicionais e com pouca qualidade de instrução, cultura e informação. Dessa forma o mito se mantém. Acrescente-se a isso a profusão da pornografia online que apresentam pênis grandes, aumentados por lentes de filmagens e sempre eretos a base de medicações. Os usuários desse produto comparam-se e, via de regra sai perdendo, diminuindo sua autoestima. Segundo urologistas o tamanho do pênis brasileiro (em ereção) vai de 12 a 15 cm, seu comprimento e largura vêm de origem genética. Cirurgias para o aumento do pênis têm sido questionadas e desestimuladas por muitos médicos.

Em pesquisas da década de 90 e em meu consultório, as maiorias das mulheres não relatam essa importância. Para elas a preliminar, o tempo de penetração e a percepção de ser desejada é que faz toda a diferença. O prazer feminino está no clitóris (parte externa) e no terço interno da vagina algo em torno de 3 cm da entrada vaginal, portanto um pênis grande não será o responsável pelo prazer. Em termos de satisfação elas preferem os mais grossos aos mais longos? Algumas relatam que os longos causam dor por tocar o colo do útero dificultando o orgasmo. Nesse caso os homens precisam ter mais cautela e cuidado.

Mesmo com essa informação o constrangimento de nosso leitor continuará uma vez que vem de longa data essa percepção depreciativa. Vou dar algumas sugestões para desconstruir esse desconforto:

- Exiba seu corpo nu ao espelho com frequência aprendendo a apreciar o corpo que tem, sem avaliações negativas.

-Meça o tamanho de seu pênis em ereção e perceba se ele é pequeno ou pertence à média aqui descrita.

- Se tiver uma parceira(o) converse com ela(e) a esse respeito e pergunte sobre a satisfação do(a) mesmo.

- Use sunga e não bermudas para ir à praia e a piscina. Esforçando para aceitar o volume que tem, sem comparar com outros homens que são diferentes de você.

- Ao ir ao banheiro público, insista em usar os mictórios e não o vaso sanitário.

- Sempre que tiver a oportunidade de ficar nu na frente de outras pessoas, mesmo com o sofrimento, tente!

- Busque psicoterapia para trabalhar sua autoestima e possíveis traumas, uma vez que o tamanho do pênis não pode influenciar sua vida amorosa e sexual. Por causa de um detalhe anatômico você vai deixar de viver sua juventude e realizar seus sonhos amorosos?

Observe que pessoas com deficiências físicas, que não é o seu caso, conseguem se  relacionar, amar, procriar e ser feliz!


DIMINUIÇÃO DA LIBIDO MASCULINA
22/04/2012 22:42:36

 

 

Diminuição da Libido Masculina

Tenho 50 anos e possuo boa saúde, todos os exames estão normais e estável situação financeira. Tenho uma vida sedentária, não pratico esporte e não utilizo medicamentos de rotina.Há um ano percebo que minha libido diminui. Passo até três meses sem relação sexual. O interesse sexual por minha esposa diminuiu muito e isso me assusta porque nossa relação conjugal é ótima... Será alguma coisa hormonal? Andropausa?

 A sexualidade é uma manifestação biopsicossocial.
É sabido que o homem pode ter relações sexuais em toda a vida, desde que o mesmo tenha boa saúde, não tome remédios inibidores da sexualidade.

Contudo, mesmo o homem saudável, experimenta uma diminuição em sua “performace” se comparada com os anos da juventude. Hoje, um homem de 50 anos não é velho. Muitos estão construindo novas famílias, praticam esportes radicais, malham em academia, namoram mulheres belíssimas fazendo inveja a rapaziada boquiaberta.

Os fatores biológicos mais comuns a partir dos 45 anos que influenciam a sexualidade são: problemas cardiológicos (pressão alta, cardiopatias e seus medicamentos); diabetes; diminuição hormonal e depressão.

A chamada andropausa é o período de mudanças nas taxas hormonais que podem ser facilmente estabilizada com medicação específica, mas sempre com orientação médica. Há casos que bastam um pequeno período de medicação para o organismo voltar a produzir seus hormônios, mas há indivíduos que deverão tomar por toda a vida. Nesse caso, tem-se que pesquisar histórico de câncer na família, e manter um controle do volume prostático.

Os fatores psicológicos são complexos, vão desde fatores inconscientes á depressão. É necessário um trabalho psicológico profundo para conhecer as causas e tratá-las.

Percebo alguma dificuldade de homens irem a consultório psicológico.

Para muitos é sinal de fraqueza: “eu tenho que resolver meus problemas”, mas ainda bem que isso está mudando e tenho um grande número de homens em atendimento.

Eles compreendem que é força conhecer-se, enfrentar suas verdades e realmente saem homens mais seguros e melhores consigo e com as pessoas que o cercam.

Há questões relacionais, mesmo que nosso leitor tenha uma boa vida conjugal, sua esposa pode não atraí-lo mesmo sendo bela a seus olhos.

O tempo de intimidade, a acomodação do casal, a rotina de atividades sociais, afetivas e sexuais podem aos poucos abafar os ímpetos e os impulsos tão necessários à vida sexual. 

Lamentavelmente, o amor e o tesão podem acabar. Depende de nós soprarmos constantemente a brasa e manter o fogo eternamente aceso, tanto em nossa alma como em nosso corpo.

A IDADE CERTA PARA TRANSAR
22/04/2012 21:48:51

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Idade certa para Transar

Tenho 16 anos, e gostaria de saber se tanto pra mulher quanto para o homem existe uma idade certa para ter uma transa agradável ou isso só acontece com as mulheres? Perdi minha virgindade prestes a fazer 15anos, não foi uma coisa boa, não estava afim... Comecei a namorar, com quem estou até hoje... Ele tem 20 anos, já transamos algumas vezes, sinto que ele realmente sente prazer, uma coisa legal para ele. Mas comigo é diferente, até hoje não senti coisa alguma na penetração... Mas o algo mesmo acontece nas preliminares. Escreva mais para adolescentes!!!

Fico lisonjeado em saber que jovens adolescentes leem nossa Revista AG. Será que os rapazes também o fazem!  Ou isso é coisa de mulher!!! Se eles lessem teriam uma maior atenção e carinho na primeira vez e no respeito ao tempo da mulher e deles mesmos.

Tenho certeza que aos poucos o homem tradicional e insensível vai entrando em extinção dando lugar a um homem mais parceiro e carinhoso. A dúvida fica em saber se as mulheres irão querer esse tipo de homem.

Na Europa no início do século 20 existia um movimento social chamado "homens doces" - heterossexuais, mas com um discurso e comportamento mais afetivo e delicado, um modismo de época que não deu certo uma vez que as mulheres queriam homens mais decisivos e cuidador.

Penso que se há duvida quanto ao tempo da primeira relação sexual então não se deve tê-la. A primeira vez deve ser bem pensada, conversada com o futuro parceiro e prevenida de consequências negativas. Nossa leitora não estava à vontade e o fez por algum tipo de pressão - namorado, "ficante" ou amigas.

Pasmem pais de adolescentes! A pressão é maior pelas amigas, que mesmo sendo virgens ficam "dando a maior pilha" para que a outra faça o que elas não têm coragem. E para ser a corajosa(o), entregam-se ao ato sexual como quem vai para um castigo, trazendo a consequência tão bem descrita pela nossa leitora.

Hoje com uma vida sexual mais frequente não tem prazer sexual penetrativo. Quando o tem acontece nas preliminares, coisa de criança que brinca com o corpo sem a generalização do prazer. É claro o quanto ela não está pronta para o que faz.  Algum trauma ficou em sua mente adolescente e somente um trabalho psicológico poderá auxiliá-la a uma vida sexual mais plena. Tenho certeza que as mães não sabem de nada, o pai então...

Assim muito jovens sem com quem compartilhar de sua disfunção sexual aprendem que não sentir nada é " normal".

E o namorado de 20 anos? O que esse cara "mais maduro" está fazendo que não a auxilia? Só usufrui de seu prazer e do corpo da jovem que diz amar? Admito que fico indignado com um parceiro desse.

Minha filha de 13 anos acompanhando a construção desse texto foi enfática "ela deve terminar com ele, porque ele não se importa com ela". Fiquei pasmo com a firmeza que minha púbere filha se expressa, mostrando a mulher que a cada dia aparece mais bela.

Eu espero poder auxiliar quando algo semelhante for acontecer em sua vida. Espero que demore mais tempo, mas que ela possa confiar no pai e na mãe dela quando o desejo bater à porta.

Leitores adolescentes! escrevam e eu terei um prazer enorme em compartilhar sem identificação suas questões. Assim podemos fazer uma corrente de ajuda.

QUANDO O AMOR ACABA
17/04/2012 17:13:26

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Quando o amor acaba.

É possível continuar casada sem amor? (mulher 18 anos)

 

Claro que é possível! e muitos casamentos são mantidos sem amor, tesão.

Tecnicamente não há mais casamento, tornou-se amizade, fraternidade, mas isso não significa que esse casal viva mal.

Pode-se ter uma relação com cumplicidade, companheirismo, fazendo coisas que ambos gostam! Enfim bons amigos que tenham uma história, filhos padrão financeiro e status.

Se um deles ainda tem anseios sexuais a masturbação ou relacionamento extraconjugal costuma ser a opção acordada, aceita entre ambos para se manter esse tipo de relação ou mesmo uma atitude inconsciente de que nada sabemos e que o outro se mantém fiel, assim mantendo nossa crença necessária ao nosso conforto moral. Nos enganamos para continuarmos "felizes"!

Pessoalmente acho uma das coisas mais tristes - o fim de uma historia de amor. Acabar uma relação gostando do outro, mas constatando que o tesão e o amor entre dois seres que  próximos e afins terminou sem motivos que levam à dor, ou a uma outra relação é algo bem doído, sem sentido, deixando quem está passando por isso em uma situação angustiosa sem sentido...

Coisas do coração. Coisas de humano. Mostrando o quanto essa história vivida foi importante e não passou em brancas nuvens.

Você leitora, tão jovem deve estar questionando isso tendo um olhar da relação de seus pais ou conhecidos próximos. Não desiluda, amar vale a pena! Casar vale à pena! Eu recomendo.  

Há pessoas que vivem um amor por muitos anos, que tem a sabedoria de repaginar sua relação, transmutar seu amor em mais amor e manter a chama do tesão sexual por um tempo que chamamos de "para sempre.

Admito que não seja uma atividade fácil, mas quem foi que disse que viver é fácil! A juventude é a época que através do namoro conhecemos as facetas dos relacionamentos. Aprendemos a lidar com frustrações, com perdas, abandonos e o mais difícil, penso eu, aceitar o outro como ele é!

Temos a tendência a brincar de Deus e com isso querer transformar o outro a nossa imagem e semelhança. Não dá certo! Aceitar e amar o outro com as diferenças com os incômodos é uma tarefa pra lá de divina e bem humana.

Por isso namoramos, terminamos, sofremos, namoramos de novo e sofremos de novo e assim maturamos para a derradeira relação mais duradoura e quem sabe para o sempre.

O amor sempre vale à pena.
IMATURIDADE SEXUAL
17/04/2012 16:45:50

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Imaturidade sexual

Na vida, quando nos entregamos às possibilidades elas nos brindam com presentes e prêmios sem preço.
No sábado passado, em jantar com amigos, fui presenteado com a presença da jornalista Jeanne Bilich, que além de uma mulher cativante, tem uma cultura e um portfólio de causos que nos leva a risos e inquietações profundas quando o debate versa sobre a essência das pessoas.
 

Dentre tantas ideias compartilhadas, conversamos sobre a infantilização dos adultos. Não poderei explanar todo o teor da conversa até porque a Jeanne é uma biblioteca ambulante e eu não estava com papel e lápis para anotar todas as indicações de livros e filmes que fomentava o assunto.

Vivemos em uma época que a tecnologia nos facilita conversar com amigos em outros países, comprar livros em sebos sem sair de casa, futricar a vida alheia com autorização de todos e a magia de ter mais de 500 amigos que nem conhecemos. Cria-se uma atmosfera que podemos tudo. Desejamos e temos sem poder esperar como crianças que querem o sorvete antes do almoço e ao gritar por isso consegue seu intento.
Estamos desaprendendo a sentir dor e falta e são exatamente essas coisas que fazem a diferença para a escolha. Têm-se tudo, como podemos saber o que queremos? Se ao apertar um botão temos sexo para quê conquistar e lutar para fazer amor?

Parece que livros e filmes de Ficção Científica de décadas passadas são a nossa realidade. As mídias, novelas e filmes ditam o que queremos o que necessitamos assim não precisamos nos preocupar com desejos e dedicamos nosso tempo em produzir e a ganhar dinheiro para comprar os desejos que não são nossos. E assim a roda da vida  roda...roda...

A sexualidade não fica atrás. Temos o padrão do homem e da mulher que devem ser interessantes, que são bonitos, que servem para mim. Padrão esse ditado muitas vezes por grupos que não sabem amar e que o belo é um cabide humano com tecido pendurado.

O sexo como produção sem importar com quem se faz, mas sim a quantidade e o padrão de quem eu faço. Sempre fizemos sexo, mas nunca tivemos tanto medo em ser avaliado, em não ir bem "como todo mundo", enfim em ser igual a alguma coisa desconhecida.

Se a mulher não tem o corpo das revistas sente-se tímida em nudez à luz, se ele não consegue ter dois ou mais orgasmos na mesma “transa” inferioriza-se e parte em busca de químicos que o transforma em algo que ele nem sabe se quer ser ....e assim a vida vai.

Creio que precisamos entender que somos diferentes, amamos, transamos, gozamos de uma forma própria, nunca igual. Não tem profissional da sexologia que possa dizer como fazer melhor. Podemos mostrar que seu caminho interior é o seu processo de cura e de ser o melhor na cama. O melhor para você e não o melhor do que alguém...

Precisamos aceitar que não conseguimos fazer determinadas coisas e isso não significa incapacidade, simplesmente somos assim.

Precisamos aceitar que gostamos de coisas que outros não gostam e isso não nos faz diferente, simplesmente temos um sabor e uma percepção do mundo bem nossa.

Nossa pele sente coisas que outras não sentem. A percepção de um beijo nos leva às alturas, não porque o filme nos disse isso, mas porque nos entregamos à sensação maravilhosa que nossos lábios produzem.

Quando na compulsão de abraços, de beijos, de pele que acariciam, os encontros genitais nos plugam em uma sensação cósmica, intensa própria de cada um, esperando apenas a entrega, o toque na alma alheia, a certeza do mergulho... o resto é teoria que mais atrapalha que ajuda.

Então, leitores amigos, sofrer por amor, por perda, por falta nos faz ir à luta na busca, na certeza do desejo e na incerteza da conquista.

É assim! E isso nos amadurece para o encontro de nós mesmos e assim consecutivamente do outro que está na mesma procura. Temos que sofrer para amadurecer? Faz parte! O sofrer está intrínseco na busca do novo, na descoberta do ser.

O sofrimento não existe por si ele é a resposta de algo que fizemos e que não estávamos prontos, de que estávamos aprendendo. Não é sofrimento - coisas da aprendizagem. E qual o problema de sofrer? Coisas de humanos... 
PROBLEMAS SEXUAIS
12/04/2012 21:26:40

04 - 07-10

Problemas Sexuais

A medicina e a psicologia têm avançado nos últimos anos. Como estão os processos de melhoras nos problemas sexuais? (Mulher – 38 anos)


É verdade, nos últimos anos têm aparecido propostas interessantes para o auxílio aos portadores de disfunções sexuais.

Para os homens os laboratórios de medicamentos, criaram os potencializadores da ereção (Viagra, Cialis, e outros) auxiliando os portadores de problemas eréteis que sem esse auxilio, estariam no sofrimento ou seriam indicados para cirurgia de prótese peniana o que, aliás, também evoluiu.

Hoje temos próteses que inflam por acionamento, testículos de silicone muito semelhantes aos naturais.

Importante lembrar, que esses medicamentos devem ser utilizados aos que necessitam e não para mascarar inseguranças ou criar pseudo super-homens de uma noite que, no meu entender, poderá trazer problemas à sexualidade futura.

Até o fim do ano, será lançado medicamento para os portadores de ejaculação precoce.

 Atualmente, é prescrito antidepressivo que traz melhoras, mas com o agravante de ser uma medicação controlada, causadora de dependência e que impregna o organismo, necessitando de retirada eventual e gradual. Essa nova droga, se propõe a auxiliar sem o incômodo do antidepressivo, sendo utilizada horas antes da relação sexual.Para as mulheres, pílulas anticoncepcionais que melhoram a libido, cabelo, pele já estão no mercado e no futuro próximo, talvez em 2011, pílulas para aumentar o desejo sexual, tomada antes da relação sexual.

Importante lembrar, que as medicações são auxiliares e não curativas. Ainda nada foi inventado para substituir o beijo, o olhar, o toque especial e o sentimento que está por trás de cada encontro.

Terapias de casais têm auxiliado nas melhoras sexuais. Um casal desencontrado não tem condições de boas relações sexuais. Às vezes, uma perda de desejo ou ereção está na dinâmica conjugal.

É lindo observar a melhora dos clientes quando reaprendem ouvir, olhar e tocar a alma de quem escolheu viver.

 As técnicas da Terapia Sexual continuam eficientes.

A ejaculação precoce tem excelentes resultados com 15 sessões que além de ensinar ao homem a controlar sua ejaculação, permite-o conhecer-se, controlar a ansiedade melhorando a vida em geral e não somente sexual.

Acredito que a medicação da ejaculação precoce, fará uma parceria adequada aos homens mais inseguros ou ansiosos, permitindo um aprofundar em suas questões intrapsíquicas.O que tem ajudado muito é a mudança no paradigma de homens e mulheres sobre a psicoterapia. O mito de que psicologia é para “loucos” ou “fracos” tem caído por terra.

A busca por ajuda torna-se mais comum. Até uns 20 anos atrás, o homem em sua maioria, só iria ao psicólogo encaminhado ou obrigado pela esposa ou médico. Hoje muitos homens procuram por decisão própria, para se conhecer, melhorar comportamentos apreendidos na família, querer ser melhor para si e como conseqüência, para os que o cercam. As mulheres continuam em sua busca de autovaloriza
ção, aprendendo a se amar cada vez mais.

Ver essa mudança sócia histórica consola o meu envelhecimento. É lindo fazer parte desse processo de mudança social.

 

QUANDO CESSA O AMOR
12/04/2012 21:10:23

06 06 10

Quando cessa o amor.


Tenho 29 anos, e me casei com 18 e virgem.
Sou casada há 13 anos, tenho 2 filhos, percebo que não tenho aquela afinidade sexual com meu marido, já nós separamos e resolvemos recomeçar mas percebo que não sinto mais tesão, amor  e orgasmo com ele, tenho fantasias com outros homens e sozinha eu chego lá!, Sou jovem, tenho sede de viver, sede de amar novamente.

 Mas penso nele com pena de separar porque ele é bom marido.

 
Em nossa cultura, o romantismo tem uma forte influência nas relações amorosas. Casamos acreditando será para sempre, até que a morte nos separe e outros comandos culturais que nem sempre se transformam em realidade. Lamentavelmente, os livros de estórias, romances ou novelas nem sempre é a expressão de nossa vida. Acontece para alguns, mas não para todos.

Nossa leitora casou virgem aos 18 anos. Esse dado é importante. Suponho que era inexperiente, não tenha tido longos ou vários relacionamentos assim, não conhecendo as agruras e as delicias de uma relação a dois. Por ser virgem, não conheceu outras formas de amar, outras “pegadas” e assim saber como seu corpo responde a toques diferentes.

Nessa idade, muitas mulheres ainda são adolescentes, pouco maduras emocionalmente, embora saiba da existência de jovens mais novas e muito maduras. Penso que ela pulou etapas, enquanto deveria estar conhecendo a vida e suas múltiplas facetas, estava na fase das mulheres maduras, que sabiam escolher por ter tido as opções dessa escolha. Fica a aquele desejo de quero mais sem saber que mais é esse. 

Por ter prazer solitário, ela não tem problemas sexuais. Sua falta de tesão ou orgasmo é de natureza emocional, relacional. Também por motivos culturais certas mulheres necessitam amar e admirar seu parceiro para desenvolver o desejo e futuro orgasmo. Não adianta ir ao ginecologista e fazer exames.

Necessita buscar ajuda psicológica e examinar dentro de si, focando seu desejo, conhecendo sua maneira de ser poderá repensar o casamento, buscar uma terapia de casal para ajudar na melhoria ou no final menos doloroso.

Sei que uma separação é difícil, por varias razões, nossa leitora tem dois filhos e tudo isso pesa muito. É necessário conversar com o parceiro, buscar soluções, deixá-lo achar que está tudo bem não seria uma atitude madura e positiva. Quem sabe com essa atitude portas novas possam se abrir para novas possibilidades.

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