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QUANDO A TIMIDEZ É MAIS FORTE.
12/04/2012 20:31:31

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QUANDO A TIMIDEZ É MAIS FORTE.

Sou solteiro, apesar de ser bastante extrovertido e conversar com qualquer pessoa em qualquer ocasião, eu travo totalmente quando estou a fim de paquerar o sexo oposto. Eu não consigo desenvolver nenhum assunto e conseqüentemente nunca tenho sucesso.
Só namorei uma vez na vida, porque eu fui agarrado, e foram as únicas vezes que tive relações sexuais freqüentes durante 1 ano e meio. Apesar de sentir prazer, eu prefiro me masturbar. Desde criança me masturbo e não consigo parar. Sinto que troco o sexo oposto por uma masturbação, mas sinto falta de ter alguém comigo, o que não consigo por causa de tanta timidez e insucessos.
Existe alguma relação da minha timidez com minha masturbação freqüente?


A questão de hoje, eu colei integralmente, primeiro por achar muito bem escrita e segundo porque atende a ambos os gêneros.

Atualmente, a “geração MSN”, os grupos de “amigos virtuais”, facilitam a comunicação e a profusão de uma amizade na telinha, alguns com câmeras ou áudio.

Essas pessoas são ótimas para falar superficialidades, brincadeiras, algumas mentiras, construindo um ego imaginário, ideal para si e para quem está do outro lado. (É claro que existem grupos com discussões sérias, verdadeiras e profundas).

Contudo, mesmo envolto na bruma da ilusão virtual, sabem quem são. Suas dificuldades, seus medos.

Uma coisa e ter amigos que nunca se viu, outra são ver, sentir, ouvir, correr risco de desagradar, frustrar-se.

No virtual tem sempre um bonequinho para fazer as pazes. Pois bem, essa geração tem dificuldades interrelacionais por não ter experiências concretas de amizades.

Assim na hora do olho no olho, da conquista e da possibilidade de falar o que o outro pode não gostar, trava. E, a isso dão o nome de timidez. Para mim, pode ser falta de segurança, incompetência, falta repertórios comportamentais, verbais. Experiência na vida real mesmo!

Em face de solidão e ao excesso de estimulo erótico que esses veículos possuem a masturbação torna-se a saída para o prazer seguro, sem comparações, sem dor.

Mas com o tempo a dor existencial, aquela que não tem matéria e que nenhum orgasmo solitário irá satisfazer, ao contrario, aumentará o que busca eliminar, tornar-se-á insuportável.

Quando uma criança se toca com freqüência costumamos dizer que ela tem algum problema emocional na família, uma vez que busca satisfação solitária por não ter o prazer emocional com seus pais. Nesses casos, a família precisa de ajuda e a busca de um profissional tornam-se necessária.

No caso de nosso leitor, acredito que em se arriscando às dores e aos prazeres da vida concreta, descobrindo o prazer da companhia, do beijo molhado, da aceleração do coração ao abraço, seus sintomas de timidez e masturbatórios deverão diminuir ou até cessar.

Sei que não será uma tarefa fácil. Aqueles que vivem seguros, mas presos em seus muros de pedras – virtuais ou não – é sempre uma aventura ansiosa o passeio pelo campo.

Uma vez eu li, mas não sei a origem, que a felicidade e a segurança nunca andam de mãos dadas.

AMOR ENTRE MULHERES
02/04/2012 18:16:43
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Amor entre mulheres


Esse título pertence a um trabalho de conclusão de Especialização em Sexualidade Humana na Universidade Gama Filho da Psicóloga Heloisa Castro.
 
A homossexualidade feminina também chamada de Lesbianismo é uma orientação da sexualidade inerente ao ser. Dentro do paradigma científico atual não temos uma aceitação unânime de sua causa, para os estudiosos da Sexualidade Humana é uma forma de expressão do afeto e do desejo sexual dos indivíduos não cabendo busca da causa como fator de possível mudança.
 
Em nossa cultura e falocrática, o pênis é o símbolo de força e poder e de ação no mundo. É o homem quem penetra, é ele quem dá o prazer a ela, enfim, uma série de mitos que coloca o macho no centro do mundo. Assim, a sexualidade feminina foi deixada fora do foco social. Às mulheres era e ainda é permitido dormirem na mesma cama, trocarem de roupas em quartos fechados, manifestação de carinho físico em público como se elas não tivessem a possibilidade da manifestação sexual pela ausência do pênis. Dessa forma o amor entre mulheres foi possível através das amizades íntimas e profundas. Diferente dos homens que sempre foram impedidos de manifestarem a afetividade entre seus iguais.
 
Importante lembrar que o amor da amizade entre mulheres não significa o lesbianismo. É um treino de amor que fazem as mulheres serem o que são. Atualmente em função da maior permissão da manifestação homossexual e sua divulgação o afeto singelo entre as meninas e adolescentes tem sido alvo de restrições com críticas, bullying o que ao meu ver atrapalha o desenvolvimento afetivo das mulheres. Amar se aprende amando e a amizade é uma forma de amor não sexual.
 
Da mesma forma que existe várias formas de amor e de amar entre os heterossexuais assim é o entre mulheres. Temos as que possuem o papel social feminino, outras se identificam com o masculino; e algumas que em sua prática sexual utilizam objetos representativos do pênis outras que abominam tal prática ficando as carícias e o sexo oral como forma de atingir o prazer; e algumas que não fazem sexo genital, apenas demonstrações de afetos e companheirismos tendo sua satisfação orgásmica geradas no autoerotismo. Portanto, não é imprescindível o pênis para a mulher ser feliz ou ter prazer sexual.
 
Como todo relacionamento amoroso as dificuldades, conflitos e neuroses também são presentes entre elas, mas isso não é por causa da orientação sexual e sim pela complexidade de todas as relações. No amor entre mulheres à proibição de manifestação social dificulta um pouco mais, levando-as a construção de grupos de iguais aonde podem manifestar-se abertamente nas casas de amigas, boates e bares gays.
 
Diferente dos homossexuais masculinos as mulheres gostam e lutam para terem relacionamentos afetivos e sexuais mais duradouros. Muitas vêm de casamentos tradicionais com filhos e conseguem fazer uma excelente adaptação à nova parceria constituindo famílias equilibradas, com filhos sem traumas e felizes. Embora possam receber algum tipo de bullying nas escolas, percebo que cada vez mais as instituições de ensino incluem essas famílias de forma bem saudável, impedindo os possíveis constrangimentos.
 
A ideia de maternidade costuma ser presente e para tanto a opção de adoção, inseminação artificial ou mesmo reprodução por algum amigo ou doador constroem a família que elas tanto necessitam. Imagino que alguns leitores estão discordando de meu texto quando eu escrevo a palavra “família”. A tradição religiosa e até mesmo civil preconiza a relação homem-mulher para obter esse título. Contudo, as mudanças de comportamentos tem levado a mudanças na legislação e em igrejas cristãs, sinal que o foco está no amor e na felicidade daqueles que constituem essas sociedades.
“Amar ao próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas”. Jesus Cristo.
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